domingo, 1 de maio de 2011

ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFICA

ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFIA

1. INTRODUÇÃO
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é um distúrbio neurodegenerativo de origem
desconhecida, progressivo e associado à morte do paciente em um tempo médio de 3 a 4
anos. Sua incidência estimada é de 1 a 2,5 indivíduos portadores para cada 100.000
habitantes/ano, com uma prevalência de 2,5 a 8,5 por 100.000 habitantes.
Estudos clínicos controlados demonstram a eficácia do riluzol em reduzir a progressão
da doença e aumentar a sobrevida dos pacientes, especialmente nos estágios iniciais
da doença1,2.
Existe pouca informação sobre a farmacocinética do riluzol em pacientes com insuficiência
hepática ou renal, sendo esta situação motivo de cautela na indicação. O riluzol foi
liberado pelo FDA em 1995 para esta condição clínica3.
2. CLASSIFICAÇÃO CID 10
G12.2 Doença do neurônio motor
3. DIAGNÓSTICO: CRITÉRIOS DE EL ESCORIAL REVISADOS EM 1998
A ELA é definida pela evidência clínica, eletrofisiológica ou neuropatológica de degeneração
de neurônios motores inferiores, associada à evidência clínica de degeneração de
neurônios motores superiores e a uma evolução progressiva dos sinais ou sintomas em
uma região ou para outras regiões do corpo. Não deve haver evidência eletrofisiológica,
patológica ou radiológica de outros processos que possam explicar a degeneração dos
neurônios motores superiores e inferiores.
O diagnóstico clínico de ELA, sem confirmação patológica, pode ser categorizado
em diferentes graus de certeza, dependendo da presença de sinais de disfunção dos neurônios
motores superiores e inferiores na mesma região anatômica: tronco cerebral (neurônios
motores bulbares), medula cervical, torácica e lombossacra (neurônios motores do corno
anterior). Os termos “clinicamente definitiva” e “clinicamente provável” descrevem os níveis
de certeza, baseando-se somente em critérios clínicos.
• ELA clinicamente definitiva: evidência de sinais de disfunção dos neurônios motores
superiores e inferiores em 3 regiões;
• ELA clinicamente provável: evidência clínica de disfunção de neurônios inferiores e
de neurônios motores superiores em pelo menos 2 regiões, com algum sinal de
disfunção de neurônios motores superiores necessariamente em um nível mais
cranial do que os sinais de disfunção dos neurônios motores inferiores;
• ELA clinicamente provável com apoio laboratorial: sinais clínicos de disfunção de
neurônios motores inferiores e neurônios motores superiores são encontrados em
somente uma região e há evidência eletromiográfica de disfunção de neurônios


Equipe Técnica: Paulo D. Picon, Bárbara Corrêa Krug e Karine Medeiros Amaral
Consultor: Francisco Telechea Rotta
Editores: Paulo Dornelles Picon e Alberto Beltrame
Portaria SAS/MS nº 913, de 19 de novembro de 2002.

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motores inferiores em pelo menos dois membros, desde que exames laboratoriais e de neuroimagem
excluam outras possíveis causas.
4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Os pacientes deverão ser avaliados e ter seu diagnóstico realizado em Centro de Referência em
Assistência aos Portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica.
Para inclusão neste protocolo de tratamento, os pacientes deverão apresentar todos os itens abaixo:
• ter diagnóstico de ELA definida, provável ou provável com apoio laboratorial pelos critérios da
Federação Mundial de Neurologia, revisados em 1998 (Critérios de El Escorial) 4-6;
5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DO PROTOCOLO DE TRATAMENTO
Serão desconsiderados deste tratamento todos os pacientes que apresentarem pelo menos um dos
itens abaixo:
• insuficiência renal;
• insuficiência hepática;
• outra doença grave ou incapacitante, incurável ou potencialmente fatal;
• outras formas de doenças do corno anterior medular;
• eletroneuromiografia demonstrando bloqueio da condução motora ou sensorial;
• sinais de demência;
• situação potencial de gravidez e ou lactação;
• ter traqueostomia;
• estar necessitando de suporte ventilatório permanente.
6. TRATAMENTO
6.1. Fármaco
O riluzol é apresentado em comprimidos de 50 mg.
6.2. Esquema de Administração
Iniciar o tratamento com 50 mg duas vezes ao dia, por via oral, pelo menos 1 hora antes ou 2 após
as refeições7-9.
6.3. Benefícios Esperados com o Tratamento
O benefício esperado com o tratamento é o aumento do tempo médio de sobrevida em aproximadamente
3 meses.
7. MONITORIZAÇÃO
O acompanhamento a longo prazo deverá ser realizado por neurologista clínico. Recomenda-se
realizar7,8,9:
• controle hematológico;
• controle de enzimas hepáticas;
• refazer os controles anteriores sempre que se reiniciar tratamento;
• hemograma, plaquetas, ALT e AST antes de iniciar o tratamento, no primeiro, no segundo, no
terceiro, no sexto, no nono e no décimo-segundo mês e, após, quando clinicamente necessário.
8. CRITÉRIOS DE SUSPENSÃO
• Quando ALT ou AST estiver 5 vezes acima do limite superior da normalidade;
• Quando ocorrer citopenia: leucócitos totais inferiores a 3.000/mm3 e/ou neutrófilos inferiores a
1.500/mm3 e/ou plaquetas inferiores a 100.000/mm3, ou hemoglobina inferior a 10 g/dl.
9. CENTROS DE REFERÊNCIA E COMITÊ DE ESPECIALISTAS
Tendo em vista a complexidade do diagnóstico, tratamento e acompanhamento da ELA, os gestores
estaduais do SUS deverão organizar, habilitar e cadastrar os Centros de Referência em Assistência aos
Portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica. Estes Centros de Referência deverão ser responsáveis pelo

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• responsável técnico que deverá ser médico, com título de especialista (certificado reconhecido pela
respectiva Sociedade Médica ou certificado de Residência Médica reconhecida pelo MEC na área)
em neurologia;
• responsável pelo Serviço de Enfermagem que deverá ser enfermeiro
• auxiliares e técnicos de enfermagem, em número suficiente para o atendimento da demanda;
• equipe composta, no mínimo por: neurologista, psiquiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional,
psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, nutricionista.
O Centro deve desenvolver programa permanente de treinamento de sua equipe de saúde, capacitando-
a ao desenvolvimento das atividades previstas.
9.2.3. Materiais e equipamentos
O Centro deve possuir todos os materiais e equipamentos necessários, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, para assegurar a qualidade da assistência aos portadores de ELA, possibilitando
diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico e de enfermagem, atendimento fisioterápico com
reabilitação funcional, terapia ocupacional, fonoaudiologia com reabilitação da voz, audição, deglutição e
psicomotricidade, manejo psicológico, estimulação cognitiva e comportamental (individual/grupal) nutricional
e dietético, além de orientação familiar e dos cuidadores.
9.2.4. Recursos diagnósticos
Como o diagnóstico clínico de ELA depende de exames complementares para descartar outros
diagnósticos, os Centros de Referência deverão estar plenamente habilitados para avaliar os pacientes de
acordo com os Critérios de El Escorial.
O Centro de Referência deverá contar, no mínimo, com:
• laboratório de análise clínicas: onde se realizem exames de bioquímica, hematologia, microbiologia,
gasometria e líquidos orgânicos, inclusive líquor.
• eletroencefalografia;
• eletroneuromiografia;
• unidade de imagenologia (especialmente neuroimagem): raio X, ultra-sonografia, tomografia computadoprizada
e ressonância nuclear magnética;
• anatomia patológica.
Obs.: Os exames de tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética poderão ser
realizados em serviços de terceiros, instalados dentro ou fora da estrutura ambulatório-hospitalar do Centro.
Neste caso, a referência deve ser devidamente formalizada de acordo com o que estabelece a Portaria SAS
nº 494, de 26 de agosto de 1999.
9.2.5. Rotinas de funcionamento e atendimento
O Centro deve possuir rotinas de funcionamento e atendimento escritas, atualizadas a cada 04 anos
e assinadas por seu responsável técnico. As rotinas devem abordar todos os processos envolvidos na
assistência – diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes portadores de ELA.
9.2.6. Registro de Pacientes
O Centro deve possuir um prontuário para cada paciente com as informações completas do quadro
clínico e sua evolução, todas devidamente escritas, de forma clara e precisa, datadas e assinadas pelo
profissional responsável pelo atendimento. Os prontuários deverão estar devidamente ordenados no Serviço
de Arquivo Médico.
Informações mínimas do prontuário dos portadores de ELA: identificação do paciente, histórico
clínico, laudo dos exames diagnósticos realizados, laudo de aplicação dos Critérios de El Escorial - 1998,
descrição dos achados clínicos e laboratoriais que permitiram estabelecer o diagnóstico de ELA, relatório de
evolução do paciente.
9.2.7. Orientação/treinamento
Além do programa de treinamento da equipe de saúde, o Centro deverá manter um programa
permanente de orientação e treinamento de familiares e de cuidadores dos portadores de ELA, de forma a


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diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes.
Para a dispensação do medicamento, o Gestor Estadual deverá constituir um Comitê de
Especialistas (com pelo menos dois neurologistas). Este Comitê será responsável pela avaliação
dos casos em que a ELA foi diagnosticada e para os quais tenha sido prescrito o medicamento
constante deste Protocolo. Esta avaliação é essencial para a dispensação do medicamento.
Os Centros de Referência deverão ser cadastrados em conformidade com as normas que
seguem.
9.1. Exigências gerais
Os Centros de Referência em Assistência aos Portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica
são, na sua área de abrangência, responsáveis pelo desenvolvimento de todo o processo assistencial
referente à ELA, envolvendo o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes,
prescrição de medicamentos, orientação a familiares e cuidadores e o que mais for necessário à
adequada atenção.
Para ser cadastrado como Centro de Referência em Assistência aos Portadores de Esclerose
Lateral Amiotrófica, o hospital deverá cumprir as seguintes exigências gerais:
• ser hospital geral, com número de leitos instalados e cadastrados pelo Sistema Único de
Saúde igual ou maior a trezentos leitos;
• desenvolver trabalho de identificação da clientela vinculada à unidade, estabelecendo seu
perfil e diagnóstico epidemiológico, identificando os principais agravos à sua saúde,
planejando o processo de atenção para cada paciente de acordo com suas peculiaridades
e cadastrando os portadores de ELA egressos da internação hospitalar inscrevendoos
num programa de acompanhamento ambulatorial e, eventualmente, de hospital-dia;
• desenvolver programas de desospitalização de pacientes crônicos;
• estar articulado, onde estiver implantado, com as equipes dos Programas de Atenção
Básica e Saúde da Família;
• possuir grupos de apoio aos portadores de ELA, com ou sem parceria com outras
instituições da sociedade civil organizada, que tenham por objetivo promover ações de
melhoria da qualidade de vida.
9.2. Exigências específicas
Além das exigências gerais, o Centro de Referência deverá cumprir com as seguintes
exigências específicas.
9.2.1. Instalações físicas
A área física do Centro deverá se enquadrar nos critérios e normas estabelecidas pela
legislação em vigor ou outros ditames legais que as venham substituir ou complementar, a saber:
• Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
– ANVISA, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, Programação,
Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de Estabelecimentos de Assistência à Saúde.
• Resolução nº 05, de 05 de agosto de 1993, do CONAMA – Conselho Nacional de Meio
Ambiente.
Além da área geral do hospital e da estrutura destinada à modalidade de hospital-dia, o
Centro deverá contar com área de Ambulatório para Assistência aos Portadores de Esclerose
Lateral Amiotrófica/Neurologia, com, no mínimo, as seguintes instalações: sala de recepção e
espera, secretaria, consultórios, sala para pequenos procedimentos, sala de utilidades/expurgo e
almoxarifado.
9.2.2. Recursos humanos
O Centro deve contar com equipe interdisciplinar e multiprofissional de assistência ao
portador de ELA, devidamente capacitada para esta modalidade de atenção, contemplando,
minimamente:


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capacitá-los a prover os cuidados básicos de saúde do paciente e a ser o elo de ligação entre a
equipe de saúde e o paciente.
9.3. Manutenção do cadastro e descadastramento
Para manutenção do cadastramento, os Centros de Referência deverão, além de cumprir
as normas estabelecidas no presente protocolo, garantir a sua estrita observância, especialmente
quando de tratamento medicamentoso da doença. O descadastramento também poderá ocorrer
se, após avaliação de seu funcionamento por meio de auditorias periódicas (MS/SMS/SES), o
Centro de Referência deixar de cumprir qualquer um dos critérios estabelecidos nesta protocolo.
10. CONSENTIMENTO INFORMADO
É obrigatória a cientificação, do paciente ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos
e efeitos colaterais relacionados ao uso do medicamento preconizado neste Protocolo, o que
deverá ser formalizado por meio da assinatura de Termo de Consentimento Informado.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bensimon G, Lacomblez L, Meiniger V, and ALS/riluzole study group. A controlled trial of riluzole in amyotrophic lateral
sclerosis. N Engl J Med 1994;330:385-91.
2. Lacomblez L, Bensimon G, Leigh PN, Guillet P, Meininger V. Dose-ranging study of riluzole in amyotrophic lateral
sclerosis. Lancet 1996;347:1425-31.
3. Wokke J. Riluzole. Lancet 1996;348:795-99.
4. World Federation of Neurology Research Group on Neuromuscular Disease – El Escorial World Federation of Neurology
Criteria for the Diagnosis of Amyotrophic Lateral Sclerosis. Neurol Sci 1994;124:96-107.
5. Swash M, Leigh PN. Criteria for diagnosis of familial amyotrophic lateral sclerosis: European FALS Collaborative Group.
Neuromusc Disord 1992;2:7-9.
6. World Federation of Neurology. El Escorial Revisited. Revised Criteria for the Diagnosis of Amyotrophic Lateral Sclerosis.
www.wfnals.org/articles.elescorial1998criteria.htm
7. Drug Facts and Comparisons 2000. 54ed. St.Louis. Facts and Comparisons, 2000.
8. Hutchison TA & Shaban DR,(Eds): DRUGDEX® System. MICROMEDEX, Inc. Greenwood Village, Colorado (105 –
[2000])
9. USP DI 2000 – Information for Health Care Professional. 20ed. Englewood. Micromedex Inc. 2000. v.1



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Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: da academia para a sociedade
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Ciência & Saúde Coletiva
version ISSN 1413-8123
Ciênc. saúde coletiva vol.15 supl.2 Rio de Janeiro Oct. 2010
doi: 10.1590/S1413-81232010000800003
DEBATEDORES DISCUSSANTS




Pedro Curi Hallal
Universidade Federal de Pelotas. prchallal@gmail.com


O artigo de Malta e colaboradores1 descreve os principais resultados da primeira Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). O simples fato de possibilitar uma análise da prevalência de diversos indicadores de saúde para uma amostra representativa de escolares de todas as capitais brasileiras já transforma a PeNSE numa iniciativa histórica. No entanto, a perspectiva de a PeNSE ser repetida a cada dois anos, transformando-se em um sistema de vigilância, aumenta ainda mais a sua importância.
A parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) merece os parabéns pela iniciativa e pelo sucesso alcançado. Nesse texto, porém, procura-se destacar o fato de que tanto o inquérito quanto o sistema de vigilância são apenas um passo, existindo ainda um longo caminho a ser trilhado. Ênfase especial é dada à necessidade de que o conhecimento científico produzido supere os muros acadêmicos e chegue à sociedade, por meio de informações em linguagem adaptada à realidade cultural do povo brasileiro, mas preferencialmente por meio de políticas públicas de promoção da saúde, especialmente na escola.
A divulgação dos resultados da PeNSE deve ser planejada estrategicamente. Nesse sentido, a publicação desse suplemento possibilita à comunidade científica ter acesso aos resultados do primeiro inquérito. No entanto, outras formas de divulgação são igualmente prioritárias. Os resultados da PeNSE devem chegar a todas as escolas brasileiras, numa linguagem simples, adaptada à realidade do público-alvo. A criação de folhetos educativos deve ter a mesma prioridade dada a esse suplemento; é fundamental que o Ministério da Saúde, por meio de sua equipe técnica e seus consultores, prepare materiais de qualidade para serem divulgados na mídia e entregues à população. Professores, pais e alunos devem ter acesso aos resultados da pesquisa e, principalmente, ao que pode ser feito para se lidar com os problemas detectados.
Mais importante do que a divulgação dos resultados, no entanto, é a necessidade da criação de políticas públicas que priorizem os principais problemas detectados pela PeNSE. Menos da metade dos adolescentes estudados realiza uma hora por dia de atividade física. Um quarto deles admitiu já ter experimentado cigarro, o que sugere que o real percentual deva ser ainda maior2. Mais de 70% já experimentaram álcool, sendo que 27% consomem álcool atualmente. Além disso, 8,7% admitiram ter usado drogas ilícitas, o que novamente sugere que o percentual real seja ainda maior. As prevalências elevadas de consumo de refrigerantes e guloseimas também estão longe do ideal. Enfim, enfrentar esses problemas de saúde pública é uma prioridade urgente.
Para isso, a promoção da saúde precisa urgentemente ser repensada. A abordagem de fatores de risco, prevenção de doenças e responsabilização individual pelas escolhas comportamentais tem se mostrado inócua para realmente promover a saúde da população. O despejo de informações sobre os malefícios do tabagismo, obesidade e sedentarismo não tem sido suficiente para modificar o comportamento no âmbito populacional. Em adolescentes, tal excesso de informações pode até ter efeito contrário, visto que a rebeldia típica da fase pode estimular a opção pelo que é considerado "errado".
Felizmente, há muito a ser feito para auxiliar na solução desses problemas. Programas de promoção da saúde no ambiente escolar já mostraram que é possível mudar o quadro detectado3,4. A escola não pode continuar se dando o luxo de ignorar o tema saúde; a educação física escolar deve ser promovida e valorizada. Para isso, os profissionais da área precisam assumir seu papel como únicos profissionais da área da saúde presentes na escola rotineiramente. A promoção da saúde na escola deve ser feita de maneira conjunta; estimular a atividade física sem estimular a alimentação saudável, por exemplo, é um desperdício de tempo e recursos. É fundamental que a promoção da saúde na escola leve em consideração também os macrodeterminantes do processo saúde-doença (aspectos políticos, condição socioeconômica, ambiente, relações familiares etc.) e não apenas os determinantes proximais do comportamento individual. Por fim, deve-se lembrar que promover saúde é muito mais do que prevenir doença.

Referências
1. Malta DC, Sardinha LM, Mendes I, Barreto S, Giatti L, Rugani I, Moura L, Dias AJR, Crespo C. Vigilância de fatores de risco e proteção de doenças crônicas e não transmissíveis em adolescentes no Brasil, 2009. Cien Saude Colet 2010; 15(Supl.2):3009-3019. [ Links ]
2. Malcon MC, Menezes AM, Assunção MC, Neutzling MB, Hallal PC. Agreement between self-reported smoking and cotinine concentration in adolescents: a validation study in Brazil. J Adolesc Health 2008; 43(3):226-230. [ Links ]
3. Hoehner CM, Soares J, Parra Perez D, Ribeiro IC, Joshu CE, Pratt M, Legetic BD, Malta DC, Matsudo VR, Ramos LR, Simões EJ, Brownson RC. Physical activity interventions in Latin America: a systematic review. Am J Prev Med 2008; 34(3):224-233. [ Links ]
4. Barros MV, Nahas MV, Hallal PC, Farias Júnior JC, Florindo AA, Honda de Barros SS. Effectiveness of a school-based intervention on physical activity for high school students in Brazil: the Saude na Boa Project. J Phys Act Health 2009; 6(2):163-169. [ Links ]

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OS EFEITOS DO LEITE


Veja o que nós médicos aprendemos nas escolas médicas:
Que o leite tem cálcio e que é indispensável para se ter saúde. Leia a matéria abaixo e pelo amor de Deus, de seus QUERIDOS FILHOS e de seu PRÓPRIO CORPO, evite ao máximo o leite e seus derivados!!! Mulheres por favor, passem as vossas amigas!Homens, passem a vossa esposas.
É uma historia real!É a historia da professora Jane plant, geoquímica e chefe cientifica do Bristish Geological Survey – uma prestigiada instituição pública britânica que se dedica a investigação em matéria de Geologia – pode constituir um significativo exemplo para muitas mulheres,já que ela sobreviveu a 5 tumores mamários e as praticas médicas convencionais para tratar o câncer e tê-lo, segundo ela afirma, de uma forma muito simples, eliminando todos os lácteos de sua dieta. A sua historia é parecida a de muitas mulheres. Sentiu o mesmo pânico quando lhe diagnosticaram câncer de mama e confiada no bem saber dos oncólogos submeteu-se a uma mastectomía e a irradiação dos ovários por que lhe disseram que era assim provoca –se a menopausa, suprimia-se a produção de estrogênio e se poderia curar o câncer. Mas tudo resultou falso. De fato o câncer reproduziu-se até quatro vezes. Sofri amputação de uma mama, submeteram-me a radioterapia e a uma quimioterapia muito dolorosa.
Vieram os mais eminentes especialistas do meu país, mas no meu intimo estava certa que estava enfrentando a morte. E estive quase a ponto de atirar a toalha, conta a professora Plant no seu livro Your life in your hands (A tua vida nas tuas mãos ) onde relata a sua propia experiência e explica como chegou a idéia que acabou por salvar a sua vida: Teve origem numa viajem de meu marida a China – conta em sua obra – comecei a pensar que a minha enfermidade era virtualmente inexistente em tal país. De fato só uma em cada 10.000 mulheres morre de câncer de mama na china enquanto que só no reino unido os números oficiais falam de uma em cada 12.
Então o meu marido que também é cientista – e eu mesma, começamos a investigar sobre a forma de vida e alimentação dos orientais até que chegamos a idéia que me salvou a vida: as mulheres chinesas não tinham câncer de mama nem os homens desenvolviam tumores prostáticos porque são incapazes de tolerar o leite e por tanto não o tomam. E mais, sabemos que os chineses são incapazes de compreender a preocupação ocidental por tomar leite de vaca.
Eles nunca o utilizaram muito menos para alimentar seus bebês! E se pararem para pensar, não pode ser uma simples casualidade, que mais de 70 % da população mundial tenha sido incapaz de digerir a lactose. Hoje creio que a natureza tenta avisar-nos a tempo, de que estamos comendo um alimento errado.
Quando Jane Plant escreveu tudo isto, estava a fazer quimioterapia ao seu quinto tumor mamário. E foi então quando decidiu suprimir por completo a ingestão de lácteos, incluindo todos os alimentos que contem algo de leite: sopas,biscoitos ,pasteis, margarinas, etc... E que sucedeu? – Em só uns dias –refere em seu livro-o tumor começou a encolher. Duas semanas depois da minha segunda sessão de quimioterapia e uma semana depois de haver suprimido o leite e seus derivados, o tumor começou a picar-me logo abrandou e começou a minguar. Umas seis semanas depois havia desaparecido.
De fato meu oncologista, Dr. Charing Cross – Hospital de Londres, não pode reprimir um exclamar maravilhoso: Não o encontro! Quando examinou a zona onde havia

estado o tumor pelo visto, não esperava que alguém com um câncer tão avançado – pois já havia invadido o meu sistema linfático – pudesse sobreviver.
Felizmente, aquele oncologista conseguiu superar seu cepticismo inicial e na atualidade, recomenda uma dieta sem lácteos aos seus pacientes.
Convencida de que deixar de tomar lácteos era o que lhe havia salvado a vida,Jane Plant decidiu partilhar os seus conhecimentos e sua experiência no livro antes mencionado. E de imediato mais de 60 mulheres aflingidas pelo câncer de mama se puseram em contato com ela para pedir-lhe conselhos. E seus tumores também desapareceram.
Ainda que não tenha sido fácil aceitar que uma substancia tão natural pudesse ter tais repercussões para a saúde – explica Plant - agora não tenho duvida de que a relação entre os produtos lácteos e o câncer de mama é similar ao que existe entre o tabaco e o câncer de pulmão.
Mas não só isso por que, por exemplo, já em 1989 o Dr. Daniel Cremer da Universidade de Harvard, determinou que estes produtos estão implicados na aparição do câncer dos ovários. E os dados sobre o câncer de próstata conduzem a conclusões similares. A propia organização Mundial de Saúde (OMS), afirmam que o numero de homens que padecem deste tipo de câncer na china é de 0,5 por cada 10,000 enquanto que no Reino Unido o numero é 70 vezes maior.
A chave está pois, sem duvida, no consumo de lácteos.
Para a professora Plant o leite de vaca é um grande alimento... mas só para os bezerros! E afirma, convencida, que a natureza não destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie! De fato estou convencida- concluí – de que salvei a minha vida por deixar de consumir leite de vaca. Só desejo que a minha experiência possa servir a mais mulheres e homens que, sem o saberem, podem estar, ou virem a estar, enfermos por causa dos lácteos que consomem.
Em seu livro, alem de detalhes da sua experiência e dados interessantes sobre suas investigações acerca dos efeitos do leite de vaca sobre nossa saúde, reconhecem-se uma série de recomendações nutricionais que se resumem em alimentar-se de leite de soja, chá de ervas, sementes de sésamo, tofú, nozes muita fruta e verduras frescas.Healing HugsHealing, eannette. http://co101w.col101.mail.live.com/mail/inboxLight.aspx?n=312921195

Influência do leite na acne
Dados do trabalho publicado no Jornal da Academia Americana de Medicina e mais de 47.000 participantes do estudo Harvard's Nurses Healthy Study (NHS) embasam a ligação entre a ingestão de produtos derivados do leite e a acne.Um segundo trabalho, baseado no estudo Harvard's Growing Up Today também demonstra essa ligação.Tais estudos indicam a necessidade de atenção à dieta como parte essencial da causa e do tratamento da acne.
Hormônios presentes no leite de vaca
As pesquisas sobre a etiologia (causa) da acne têm crescido nos últimos anos. Foi demonstrado que a pele humana de fato produz hormônios e é preciso saber se os hormônios das vacas podem funcionar como pré-hormônios no sistema enzimático das glândulas de gordura.Trabalhos realizados pela faculdade de saúde pública de Harvard estabelecem uma associação entre o consumo de leite e a acne. Mas como é possível ao leite provocar acne?O consumo de leite e laticínios de vacas prenhas e não-prenhas nos expõe aos hormônios produzidos permanentemente pelo animal, mas que estão aumentados durante a gestação de suas crias. Os seres humanos não foram projetados para ingerir estes hormônios seja na adolescência ou na maturidade.
Não é segredo que a acne na adolescência está fortemente ligada à atividade hormonal. As ligações entre hormônios, atividade pilo-sebácea (glândulas de gordura) e acne vem sendo melhor definidas a cada ano. Exames do leite mostraram não somente progesterona derivada da placenta, mas também outros compostos hormonais produzidos nas glândulas mamárias da vaca. Estes compostos são muito parecidos com o hormônio considerado como causa primária da acne e as enzimas necessárias para fazer a conversão estão presentes nas unidades pilo-sebáceas humanas, expondo as glândulas humanas de gordura a hormônios potentes para os quais estamos totalmente despreparados. Saiba mais sobre a acne. Fonte: MedNews - Especial Meeting AAD (fev/2007 - nº 104).
na adolescência ou na maturidade



JORNAL FOLHA DO ESTADO

3 E 4 de outubro 2010 DOMINGO E SEGUNDA
Consumo de leite gera polemica
Existe um consenso de que as crianças devem tomar leite desde que não apresentem hipersensibilidade às suas proteínas, intolerância a lactose ou manifestem outros fatores impeditivos
Quanto aos adultos, a ingestão de leite é controversa. O leite é visto como causador de alergias- principalmente, sua fração protéica -intolerância à lactose, asma, rinite, aumento da produção de secreções mucosas, diabetes, catarata, câncer de ovário, entre outras doenças.
Ademais, a despeito dos avanços indústria de laticínios – que com o desenvolvimento de novas técnicas de processamento tem possibilitado a obtenção de produtos mais seguros, do ponto de vista higiênico-sanitário, ainda assim existem problemas de contaminação do leite por antibióticos, micotoxinas (substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos), hormônios e pesticidas agrícolas, além da ocorrência de fraudes.
Defesas
Entretanto, o leite e seus derivados constituem importantes fontes de minerais, vitaminas e proteínas de alto valor biológico. O produto contém nutrientes capazes de modular funções fisiológicas específicas, o que o torna fonte de ingredientes funcionais promotores da imunomodulação (estimulação do sistema imune).
O consumo de leite está associado à prevenção de osteoporose, hipertensão arterial, ao controle do peso corpóreo e até a modulação da gordura corporal entre outros fatores. Ele contribui também na atividade antimicrobiana e antiviral.
O consumidor, ao se defrontar com problemas e benefícios associados à ingestão de leite, se sente sem rumo e em geral não encontra orientação consensual entre os profissionais da saúde. (Diário da Saúde) Jornal Folha do Estado Feira de Santana BA domingo e segunda -feira , 3 e 4 de outubro de 2010.

JORNAL FOLHA DO ESTADO
3 E 4 de outubro 2010 DOMINGO E SEGUNDA
Consumo de leite gera polemica
Existe um consenso de que as crianças devem tomar leite desde que não apresentem hipersensibilidade às suas proteínas, intolerância a lactose ou manifestem outros fatores impeditivos
Quanto aos adultos, a ingestão de leite é controversa. O leite é visto como causador de alergias- principalmente, sua fração protéica -intolerância à lactose, asma, rinite, aumento da produção de secreções mucosas, diabetes, catarata, câncer de ovário, entre outras doenças.
Ademais, a despeito dos avanços indústria de laticínios – que com o desenvolvimento de novas técnicas de processamento tem possibilitado a obtenção de produtos mais seguros, do ponto de vista higiênico-sanitário, ainda assim existem problemas de contaminação do leite por antibióticos, micotoxinas (substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos), hormônios e pesticidas agrícolas, além da ocorrência de fraudes.
Defesas
Entretanto, o leite e seus derivados constituem importantes fontes de minerais, vitaminas e proteínas de alto valor biológico. O produto contém nutrientes capazes de modular funções fisiológicas específicas, o que o torna fonte de ingredientes funcionais promotores da imunomodulação (estimulação do sistema imune).
O consumo de leite está associado à prevenção de osteoporose, hipertensão arterial, ao controle do peso corpóreo e até a modulação da gordura corporal entre outros fatores. Ele contribui também na atividade antimicrobiana e antiviral.
O consumidor, ao se defrontar com problemas e benefícios associados à ingestão de leite, se sente sem rumo e em geral não encontra orientação consensual entre os profissionais da saúde. (Diário da Saúde) Jornal Folha do Estado Feira de Santana BA domingo e segunda -feira , 3 e 4 de outubro de 2010.


OPINIÃO DE ANTONIO ALVES - TERAPEUTA ORTOMOLECULAR

O Jornal não colocou nenhuma fonte para maiores informações
O jornal diz que o leite é causador de asma, rinite, secreção, mucosa, diabetes catarata, câncer de ovário e outras doenças. Depois vem com defasa. Dizendo que o leite é bom para formação dos ossos e combate osteoporose etc...
É o contrario, o leite hoje é visto como causador de artrite, artrose, osteoporose, reumatismo, câncer de mama e de próstata, hipertensão, (pressão alta) gastrite e ulcera, cálculos biliares e renais, causador de neoplasias (tumores) perda da memória, alzhaemer, AVC(derrame cerebral) infarto, alergias das mais diversas, enxaqueca e assim vai.
Fonte: Dr. Marcio Bomtempo. Livro alimentação para um novo mundo. Dr. Rafael Nogier, medico clinico e pesquisador junto a Organização Mundial de saúde OMS. Livro, O leite que ameaça as mulheres. Jornal consulta medica. Abril de 2007.
Portanto não temos nenhum motivo para usar leite. Ele é exclusivo para bezerro. Os chineses não tomam leite, eles não entendem porque os ocidentais tomam leite.
O leite ao contrario do que se pensava, é ladrão de cálcio em nosso corpo. O cálcio que precisamos está em outras fontes, a exemplo de, blocolis, alface, couve, repolho, feijão branco, ovos, peixes, gergelim, frutos do mar e toda folha verde.
Mas quero dizer que tenho apreciado muito, essas matérias que vocês publicam aos domingos na área da saúde.
Continuem fazendo assim, a população precisa dessas informações. Parabéns mesmo!!!
ANTONIO ALVES - TERAPEUTA ORTOMOLECULAR
CRTH-BA 00365

Não Tome Leite

DON’T DRINK YOUR MILK
( Frank A. Oski )

Frank Oski nasceu em 1923 e graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Swuartmore, EE.UU. Em 1958 obteve o seu Mestrado na Universidade de Pensilvania.
Levou a cabo seus estudos de pediatria no Hospital da Universidade de Pensilvania e mais tarde estudou Hematologia no Hospital Infantil de Harvard, Boston.
Em 1963 foi eleito sócio do Departamento de Pediatria da Escola de Medicina na Universidade de Pensilvania. Mais tarde assumiu o cargo de Professor e Reitor do departamento de Pediatria no Centro médico da Universidade do Estado de Nova Iorque.
Em 1985 se encarregou do departamento de Pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins.
O hábito de consumir leite de vaca, está relacionado com a falta de ferro em crianças; Uma boa parte da população mundial, é vítima de Cãibras Diarreias e também de múltiplas formas de alergias; E há forte possibilidade de que seja um factor determinante na origem de arteriosclerose e ataques de coração.
Em muitos lugares do mundo e especialmente no este da Azia, África, América do Sul e Europa pessoas há que consideram o leite de vaca inadequado para o consumo de adultos: (Pag.4).
Em 1965 a Escola de Medicina de Johns Hopkins levou a cabo um estudo e descobriram que 15% dos pacientes de raça branca e uns 75% de raça negra não toleram o consumo de leite devido á lactose. A partir de então, se iniciaram estudos a nível Mundial e actualmente sabemos que essas percentagens, são muito maiores. Normalmente o ser humano perde a actividade da lactose no intestino delgado entre a idade de um ano e meio e quatro anos. Este é um acontecimento totalmente normal no processo de maturidade tanto de homens como de outros mamíferos. (Pag. 9)
A natureza, não nos oferece alimentos que contenham lactose, como o leite, depois do período do desmame. (Pag.11)
Quando convertemos o leite em Iogurte, muita da lactose é convertida em glucose ou galactose. De uma forma parecida, quando o queijo curado, muita da lactose se converte em simples açúcar. É por isto que estes produtos são tolerados por pessoas que não toleram o leite. (Pág. 13)
Os problemas Gastrointestinais, podem ser sintomas da intolerância á lactose. (Pag. 16)
Um destes sintomas é o que se origina nas paredes dos intestinos. Dada á intolerância do Leite, os intestinos sangram e vertem entre 1 e 5 milímetros de sangue. O problema é que a quantidade de sangue é pequena para poder ser detectada nas paredes. e só se pode detectar a alteração, mediante análises químicas. Se estima que a metade dos casos de crianças com défices de ferro nos Estados Unidos se devem a este problema gastrointestinal derivado do consumo de leite de vaca. (Pag. 17).
Outra séria complicação que resulta do consumo do leite de vaca, é a nefrose. Um grupo de investigadores da Universidade de Colorado e outro da Escola de Medicina da Universidade de Miami identificaram esta enfermidade em crianças com idades compreendidas entre os dez e os catorze anos. A nefrose é uma alteração dos rins. Esta alteração provoca uma perda permanente de proteínas que desembocam na urina. O resultado desta enfermidade, é um nível baixo de proteínas no sangue; e eventualmente resulta numa acumulação de líquidos, inchaço de mãos e pés. Algumas crianças, podem inclusive, desenvolver nefrose crónicas o que lhe pode levar á morte. Normalmente estas crianças, são tratadas com um tipo de cortisona, mas uma percentagem destas crianças não melhoram com o tratamento da cortisona. Foi com este grupo de crianças, que se fizeram estudos nas duas Universidades Americanas. No princípio, suspeitaram que o problema vinha de algum tipo de alergia. Para sua surpresa descobriram que quando o leite de vaca era eliminado da sua dieta. a perda de proteínas cessava e as crianças recuperavam rapidamente. Depois da dita recuperação, se administrou novamente leite de vaca ás crianças, e num período de um a três dias, as crianças, começavam a perder outra vez os níveis de proteína no sangue. (Pags. 21 y 22)
Certo Cardiologista estudou em certa ocasião os corações de mais de 1.500 crianças que haviam morrido por causas acidentais, melhor dizendo, não morreram de enfermidades. Não obstante, em muitas dessas crianças, se encontraram danos nas artérias coronárias. Quando se tratou de descobrir os factores que determinaram a razão porque umas crianças tiveram danos nas artérias e outros não, foi comprovado que o único factor que diferenciava um grupo do outro, era a alimentação durante a infância. Descobriu-se que a maioria das crianças que haviam sido amamentadas com leite materno, tinham as artérias em condições normais; por outro lado a maioria das crianças que tinham problemas arteriais, haviam sido alimentados com leite de vaca durante a sua infância. É portanto razoável concluir que o leite materno e o leite de vaca, foram determinantes nas mudanças das artérias das crianças. (Pag. 34)
Existem evidências que apoiam a convicção de que as crianças que se alimentam de leite materno durante a lactação, são menos propensas a enfermar do que aquelas que não o utilizam. Na década dos anos trinta se fez um estudo com 20.000 crianças na cidade de Chicago que corrobora com esta idéia. O estudo aconteceu quando os antibióticos para eliminar as infecções bacterianas não existiam. No estudo, um grupo de crianças foi alimentado com leite materno durante os primeiros nove meses de vida; um segundo grupo foi alimentado parcialmente com leite materno; e um terceiro grupo foi alimentado com leite de vaca pasteurizado e açucarado. A todas as crianças, se lhe deu suco de laranja a partir do primeiro mês, e óleo de fígado de bacalhau a partir das seis semanas. Se acrescentou também á dieta cereais a partir do quinto mês e vegetais a partir do sexto mês.
Que aconteceu? A mortalidade das crianças alimentadas á base de leite materno foi de um 1.5/1.000, entretanto a mortalidade das crianças alimentadas á base de leite de vaca se situou em 84.7/1.000 durante os nove primeiros meses de vida. A mortalidade por infecções gastrointestinais foi de 40 vezes superior nas crianças que não foram alimentadas com leite materno, enquanto que a mortalidade por infecções respiratórias foi 120 vezes superior
Estudos anteriores a estes levados a cabo em diferentes cidades americanas mostraram resultados similares. As crianças alimentadas á base de leite de vaca tinham 20 vezes mais possibilidades de morrer durante os primeiros anos de vida do que os não consumiam. (Pags. 38 e 39)
Apesar de um litro de leite de vaca conter 1.200 miligramas de cálcio e um litro de leite materno conter 300 miligramas, uma criança que consuma leite materno assimila mais cálcio que se bebesse leite de vaca. O problema, é que o leite de vaca contem muito fósforo e este elemento interfere na absorção do cálcio. (Pags. 48 e 49)
O leite de uma vaca, por muito sadia que seja, sempre está infectado com bactérias fecais que se depositam no úbere e nas mamas. (Pags. 54)
Se o facto de que o leite contenha bactérias nocivas, não for suficiente para demover os bebedores de leite, a União de Consumidores de EE.UU. encontrou num estudo, que 25 amostras analisadas, só 4, não estavam contaminadas com pesticidas. As outras 21 tinham residuos de hidrocarbonatos clorados. Existem evidências de que estes hidrocarbonatos, á medida que se acumulam no corpo, podem provocar mutações que resultam em deficiências no nascimento duma criança. Estes mesmos hidrocarbonatos, podem produzir câncer. (Pags. 55)
A penicilina é um antibiótico muito utilizado para combater as mastites das vacas. Supostamente não se deve ordenhar as vacas sem que tenham transcorrido 48 horas desde o tratamento da penicilina. Não obstante, ameudo esta norma não se cumpre e a penicilina aparece em pequenas quantidades no leite. Outra substância que se encontra no leite de vaca é a hormona progesterona que se converte em androgénios, que foi implicada como um factor que provoca o acne, pelos no corpo etc. (Pag. 56)
Diarreia, Cãibras, sangue gastrointestinal, anemia, erupções cutâneas, arteriosclerose, e acne, são enfermidades, que segundo se sabe, estão relacionadas com o consumo do leite de vaca. Alem destas enfermidades, crê-se que o consumo de leite de vaca pode estar relacionado com a leucemia, a Esclerose múltipla, a Artrite reumática e as cáries dentárias. (Pag59)
Uma revista médica inglesa, de reputação mundial, “The Lancet”, publicou um editorial intitulado “Atenção á Vaca” Nela se citava uma experiência na qual se alimentou vários chimpanzés recém nascidos com leite de vaca não pasteurizado. Dois dos seis chimpanzés desenvolveram leucemia e morreram. É importante saber que o leite com que foram alimentados estava infectado com um tipo de vírus chamado de tipo C, que é uma infecção comum nas vacas e provoca um tipo de leucemia nas vacas. (Pag. 59 e 60)
É irónico saber que muitas mães dão a seus filhos leite pensando que fortalecem os dentes quando o que provoca é uma destruição dos mesmos. Este dado que foi corroborado por um estudo do odontologista francês Castanho, da Universidade de Pensilvania numa de suas investigações. (Pag. 64)
Traduzido por Dr. Fernando M. Gonçalves (PH-DN) Naturologo.
(Prof. De Oligoterapia e Enzimologia. Pesquisador em matéria de nutrição)}
Suzete é Naturopata, Iridóloga e Instrutora dos Exercícios Visuais. Autora do livro: Cuide de Seus OlhosContato: suzete@saudeintegral.comSites: www.saudeintegral.com, www.iridologiasp.com.br e www.metodobates.com.br
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